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Ultimamente a minha cabeça tem andado num turbilhão sem pausa para retomar fôlego. Para não variar, sempre que aqui escrevo, faço-o tarde e a más horas, porque preciso de qualquer coisa que me desbloqueie.
Sinto-me com medo de várias coisas, duma nota na pauta no fim do corredor, de pessoas que aparecem e tornam a desaparecer, dum idealismo exacerbado que eu tenho em relação às coisas, que às vezes me parece querer fazer viver noutro mundo.

Estes tempos de loucas correrias, de neurónios queimados ao extremo, de stress constante, em boa verdade, não acho que eu o quisesse de outra forma. Tudo o que vem fácil, não tem sabor. Dá uma satisfação tão grande atingir aquilo que me proponho, e olhar para trás, e ver o quanto evoluí, e conseguir fazer coisas que dantes julgava impossível, que compensa todo este esforço.
No entanto esta última semana encontro-me bloqueado. Recorro então à minha terapia musical: uma boa musica que me motive, ou entao desligo todas as luzes, abro os estores da janela e toco a minha viola de noite (baixinho para não acordar ninguém) até me vir o sono enquanto o meu cérebro desbobina e rebobina tudo o que o meu coração vai sentindo. Não está a resultar desta vez, estou a precisar duma bela dose de coragem, de raiva, de motivação que me faça de novo encarar cada obstáculo com determinação e voltar a sorrir a cada adversidade que se me depara.

Não estou bem certo de como o fazer. Talvez este texto me ajude e amanhã acorde sob nova luz e consiga vencer todos estes receios que me bloqueiam o espírito
Quero continuar a não seguir o caminho mais fácil, a não contentar-me com aquilo que me cai no colo e procurar sempre algo mais, algo que me desperte os sentidos e me surpreenda. Um dia talvez me arrependa de ser assim. É cada vez mais difícil de ser assim. Mas sei que quando isso acontecer, vou perder parte da minha própria identidade, e isso é algo para o qual não estou ainda preparado para fazer.
É por isso que decido inspirar bem fundo, fechar os olhos... e expirar novamente. É hora de repousar. Um dia talvez, os meus medos me vençam e eu perca o meu rumo
Mas não hoje

Joãozinho,

Em primeiro lugar: gosto do novo "template" do blogue.;) Às vezes é bom remodelar, dar uma nova cara. Às coisas e à nossa vida.

Em segundo lugar: vejo que afinal não desististe de escrever neste teu cantinho. Acho que fazes bem. E pela parte que me toca, gosto sempre de te ler.

De resto, só tu podes encontrar o teu próprio caminho. Mais fácil ou mais difícil. Mais ou menos idealista. Só te dou um conselho: não dificultes tanto as coisas que acabas por não te perdoar a ti próprio. "Give yourself a break".;)

Às vezes todos precisamos de fraquejar. Às vezes, nem que seja por uns momentos, todos queremos seguir o caminho mais fácil. Porque às vezes, todos nós, estamos simplesmente demasiado cansados de caminhos acidentados...

Bem, e com isto acabo o meu testamento.:p Só mesmo para dizer que gostei de ler outra vez alguma coisa tua.:)

Beijinhos e força... para tudo.;)

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